sábado, agosto 13, 2005

Aqui o dia dos pais chegou mais cedo!

Tava aqui me lembrando...
No dia da minha colação de grau, fiquei muito emocionada ao ver minha avó.
Na verdade, a pessoa mais importante pra mim naquele momento era minha mãe. Mas eu fiquei feliz demais em deixar minha avó orgulhosa: ela tem 89 anos e acho que, mais do que qualquer um, considera um diploma uma grande vitória.
Quando eu a abracei, ela chorou e eu chorei mais ainda. Minha mãe, vendo aquela cena, me disse: não chora! Não chora! - assim mesmo, como se fosse uma ordem. Um aviso pra não deixar transparecer alguma fraqueza (já que, pra ela, eu triunfei sobre alguns inimigos pessoais que, usando e abusando do óleo de peroba, foram lá conferir com os próprios olhos a minha conquista).
Hoje eu passei o dia todo chorando.
Saudade do meu pai, que eu não quero ter de admitir.
Por uma série de fatores consideráveis, me sinto diminuída quando percebo que ainda sou a mesma filha que não comia se ficasse 20 dias sem ver o pai.
Ele não merece meu amor.
Não merece porque não sabe cuidar.
E, coitado, não é culpa dele!
Mas contra determinados sentimentos não dá pra lutar, né

Eu só não quero ter de ser forte sempre.
Eu quero poder chorar e não ter vergonha, não precisar me esconder, me camuflar.
Eu não preciso ser sempre a menina que não tem medo de nada.
Não quero provar nada a ninguém.

Eu amo meu pai.
:~

Um comentário:

Anônimo disse...

Vc me emocionou com o que escreveu. Sinto muito pela ausência do seu pai. Muito mesmo. Espero que um dia vcs possam estreitar o laço novamente. Ame sem esperar amor em troca. Isso vai te fazer muito bem. Não é à toa que foi o próprio Jesus quem veio nos ensinar isso. É melhor dar que receber.

Daqui, o que posso fazer é te imaginar e passar a mão sobre teus cabelos e enxugar tuas lágrimas. Que o próprio Deus te console.