quarta-feira, outubro 19, 2005

Presentes


"Te vejo assim com um rio, que mora entre as montanhas, que ora está belíssimo em uma serenidade, acomodado em belos lagos e mananciais, que nos refresca os olhos e serve de espelho para a vaidosa lua que está no ceu, que nele vê refletido o seu brilho; e ora estás intensa, caldalosa, tocando em tudo que vês e em tudo que está a sua volta, e tudo levando consigo. Entre um e outro, estás em movimentos suaves, mas guardando dentro de si fortes agitos das correntezas dos seus sentimentos, dos seus desejos e vontades.

Assim é você, assim te vejo, com todo o potencial para integrar o restrito clube das mulheres que se conhecem, sabem o que querem, o que podem e até onde querem ir; e, o mais importante, até onde devem ir e quando. Assim como o rio, você chama a atenção e envolve tudo que te toca; se divide, mas raramente se deixa envolver, pois para ter a ti é preciso deixar-te livre.

Assim como o rio que, no conviver com a água, em sua intensidade pode gerar antagônimos, amores de paixão, ódio e desprezo viscerais. Mas, assim como o rio, o ódio e o desprezo podem advir mais do medo e do desconhecimento do que da razão em si. Mas assim como o estado do rio, e as fases da vida, tudo tem o seu tempo e a sua hora, inclusive você. Sim, temos consciência de que nos amam e nos odeiam, que se importam, e notam, e que somos invisíveis também, às vezes.

Mas tudo isto serve para aprender a lidar sem evitar, conviver e respeitar, crescer e melhorar; do contrário, não adiantaria nada."


(Imagem e texto recebidos por e-mail, presentes do meu querido Daniel Santos. Tem como não adorar? Habla serious!)

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