domingo, setembro 04, 2005

Me agrada fingir ser uma ilha murada.

Isolada, em todos os sentidos.

Pessoas que me machucam profundamente (mesmo sem querer, às vezes) não percebem o quão destruída eu fico por dentro, porque por fora eu continuo intacta, forte, sorriso aberto, olhar vencedor.

Acho, na verdade, que este é o maior dos disfarces: esconder grandes dores com um simples sorriso.

E então, quando não há mais movimento nem luz, meu coração se abre e eu choro, como uma criança faminta.

Só sei ser o que sou em completa solidão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Só sei ser o que sou em completa solidão. Estou descobrindo isso agora. Ficar com a gente mesmo é difícil, não? Creio que quando nossa própria companhia passa a ser mais agradável possível estamos prontos pra estar ao lado de um outro alguém.
Beijos!