domingo, outubro 30, 2005

Distâncias


(Distâncias - Imagem de Daniel Camacho)

Que importa se a distância estende entre nós
léguas e léguas?
Que importa se existe entre nós muitas montanhas?
O mesmo céu nos cobre
E a mesma terra liga nossos pés.
No céu e na terra é a tua carne que palpita
Em tudo eu sinto o teu olhar se desdobrando
Na carícia violenta do teu beijo.
Que importa a distância e que importa a montanha
Se tu és a extensão da carne
Sempre presente?

Vinícius de Moraes

O brog é meu, a vida é minha...

Acho que vou ter de mudar o nome do blog pra 'sessão descarrego' (plágio descarado). Ultimamente eu só tenho vindo aqui pra soltar os cachorros, falar mal e descarregar as minhas frustrações.

Ando tão irritada, não sei por quê (falta de amor na vida, talvez? - ou de uns bons pegas?). Sem paciência... não sou do tipo que desconta raiva nos outros, mas por esses dias eu não ando economizando patada... hehehehe! TPM constante...

Quer saber?
Foda-se Murphy.

sábado, outubro 29, 2005

Surtos curtos

*Tá, eu errei, eu deixei você escapar uma vez. Bobeira minha, eu sei. Mas tenho de ser punida pra sempre? Não tenho direito à uma segunda chance? Você sempre vai me ligar perguntando pelas minhas amigas? Eu jamais moverei um dedo pra que você as conheça. Se prefere me desprezar, então não peça minha ajuda pra deixar de ser solitário. Onde já se viu uma coisa dessas?

*Eu não entendo essas pessoas que pedem desculpas por tudo, por qualquer coisa. Não consigo engolir essa submissão excessiva, esse medo constante de estar atrapalhando, essa bondade de Madre Teresa. Nem tudo é ofensa, nem tudo é errado. É preciso aprender isso. Não banalize um pedido de desculpas, não o desperdice com tolices. Deixe pra se desculpar quando realmente acontecer algo que seja digno de arrependimento. Ou então peça ao mundo desculpas por sua existência e se mate.

*Nunca pergunte a uma mulher 'aceita um convite?'. Convite para o que, meu filho?

*Tava aqui pensando... tem também aquelas pessoas que dizem 'obrigado' por tudo! Já reparou? Gratidão demais pode acabar te transformando na calçada da 25 de março.

terça-feira, outubro 25, 2005

Falando pras paredes?

O ruim de escrever em um blog que ninguém comenta é a sensação de contar uma coisa importante (ou não) e não ter uma pessoa sequer prestando atenção.

Quem não conversa sozinho que atire a primeira palavra. :p

Sabedoria Popular

"É melhor sufocar um sentimento do que manifestá-lo a quem não pode compreender."

segunda-feira, outubro 24, 2005

O primeiro beijo na chuva a gente nunca esquece...

(Imagem retirada de www.band.com.br)


Ei, você!
Obrigada.
:*

quarta-feira, outubro 19, 2005

Presentes


"Te vejo assim com um rio, que mora entre as montanhas, que ora está belíssimo em uma serenidade, acomodado em belos lagos e mananciais, que nos refresca os olhos e serve de espelho para a vaidosa lua que está no ceu, que nele vê refletido o seu brilho; e ora estás intensa, caldalosa, tocando em tudo que vês e em tudo que está a sua volta, e tudo levando consigo. Entre um e outro, estás em movimentos suaves, mas guardando dentro de si fortes agitos das correntezas dos seus sentimentos, dos seus desejos e vontades.

Assim é você, assim te vejo, com todo o potencial para integrar o restrito clube das mulheres que se conhecem, sabem o que querem, o que podem e até onde querem ir; e, o mais importante, até onde devem ir e quando. Assim como o rio, você chama a atenção e envolve tudo que te toca; se divide, mas raramente se deixa envolver, pois para ter a ti é preciso deixar-te livre.

Assim como o rio que, no conviver com a água, em sua intensidade pode gerar antagônimos, amores de paixão, ódio e desprezo viscerais. Mas, assim como o rio, o ódio e o desprezo podem advir mais do medo e do desconhecimento do que da razão em si. Mas assim como o estado do rio, e as fases da vida, tudo tem o seu tempo e a sua hora, inclusive você. Sim, temos consciência de que nos amam e nos odeiam, que se importam, e notam, e que somos invisíveis também, às vezes.

Mas tudo isto serve para aprender a lidar sem evitar, conviver e respeitar, crescer e melhorar; do contrário, não adiantaria nada."


(Imagem e texto recebidos por e-mail, presentes do meu querido Daniel Santos. Tem como não adorar? Habla serious!)

terça-feira, outubro 18, 2005

It's all about me

Ainda que eu dispusesse de todas as linhas do universo, provavelmente não conseguiria me descrever. E, ao mesmo tempo, acho que seria capaz de me definir em apenas algumas palavras. No entanto, descrever-se é um ato limitado; é como olhar-se num espelho que reflete absolutamente tudo - mas você só consegue ver uma parte porque não tem olhos na nuca. Ou, ainda, como olhar através de um imenso vidro opaco: o que se vê é apenas um borrão, uma sombra. Descrever-se é como olhar por um único ângulo: o seu. Somos, de verdade, produtos do meio. E por isso somos muitos, embora sejamos um só.

Para amigos, sou divertida, tagarela, crítica, auto-controlada ao extremo, perfeccionista, companheira e alguém cuja memória visual é impressionante.

Para namorados (um de cada vez, é claro), sou carinhosa, nada ciumenta, um pouco carente, independente e mandona. Boazinha, educadinha, mas que vira bicho e bruxa quando sofre uma decepção.

Para ex-namorados, sou um pé no saco, uma sacana sem coração e, às vezes, uma neurótica que não sabe conviver com diferenças e muda de idéia sempre que pisca os olhos.

Para minha mãe, ainda sou uma criança, que não sabe onde mete o nariz (e nunca vai ser dona dele).

Para meu pai, eu sou uma lembrança.

Para minha família, sou a ovelha negra, desobediente, cômica, sem vergonha e engraçada. Apesar disso, amada.

Para meus ex-colegas de faculdade, sou a mala CDF, que conversava demasiadamente durante as aulas, ia para o boteco toda santa-sexta (e, às vezes, segunda, terça, quarta e quinta também), nem ao menos sabia a data das provas e mesmo assim, tirava boa nota. A cúmplice, que passava cola e às vezes pegava também.

Para desconhecidos, sou ninguém. Pareço ser o que não sou. Talvez alguém com excesso de auto-confiança.

Para Deus, eu sou a menina-dos-olhos, um pouco rebelde mas, embora corrigida, infinitamente amada. A flor do jardim, a pedra preciosa. A irmã, a filha, a serva.

Para mim, ainda sou a garota tímida, com medo da vida e das responsabilidades, mas que sonha tão alto quanto a imaginação pode permitir. Eu me vejo como uma mulher, embora ainda existam em mim inúmeras características de uma criança. Trago impressos em minha personalidade traços marcantes, construídos pela necessidade, obtidos por experiências boas e más, adormecidos pela vontade de ser uma pessoa melhor. Carga genética das melhores. Competente, responsável, prática, inteligente. Respondona, justa, sincera sempre. Alegre por natureza, mas que fica triste e depressiva sem hora certa e que sabe de onde vêm esses 'desejos de morte ou de dor'. Carente crônica. Alguém que ainda não conheceu a dádiva de ser amada e poder corresponder à altura. Desejo em forma de gente. Ainda um incógnita. Única, embora inúmeras.

Pra você talvez eu seja uma louca, uma poeta, uma a toa (capaz de gastar o precioso-tempo-que-não-volta escrevendo um texto expressando sentimentos de terceiros com relação à minha própria pessoa). Talvez pretensiosa demais, oferecida, problemática. Devassa, ladra de namorados, mal educada, prepotente, convencida. Uma falsa gorda (ou talvez verdadeira). Talvez eu seja só mais um rostinho bonito (ou não). Amiga da fulana, uma conhecida, alguém que você acha que viu por aí. Apenas pessoa bacana, com bom senso de humor. Alguém que você não faz questão de conhecer. Pra você eu posso representar muita coisa (boa ou ruim)... ou não representar nada.

Tire suas conclusões.

domingo, outubro 16, 2005

Parabéns, Daniel!

Hoje é aniversário do queridíssimo Daniel Santos!

"Conta teus anos não pelo tempo...
Mas pelo espaço que fazes em teu coração.
Não pela amargura de uma dor, mas pela ressurreição que ela traz.
Não pelo número de troféus de tuas conquistas...
Mas pelo gosto de aventura de tuas buscas.
Não pelas vezes que chegaste...
Mas pelas vezes que tiveste coragem de partir.
Não pelos frutos que colheste...
Mas pelo terreno que preparaste e as sementes que lançaste.
Não pela quantidade dos que te amam...
Mas pela medida de teu coração capaz de amar a todos.
Não pelas desilusões que tiveste...
Mas pela esperança que infundiste.
Não pelos anos que fazes...
Mas por aquilo que fazes em teus anos.
Conta teus anos pelas vezes que teu aniversário se tornou uma celebração de vida."

(autor desconhecido)

Parabéns!
Te adoro. :*

Ricos diálogos da Minissérie dos Drogados

"O mundo é o que ele esconde;
(...)
O mundo não é este que vês...
O mundo ainda está por ser feito!"

(Dom Chico Chicote)

"Nunca tive amor sincero, Maria...
Mas ainda espero...
Em algum lugar tem de existir!"

(A Boneca Velha)

quarta-feira, outubro 12, 2005

Hoje é dia de Mari...juanna!


"Que lindos olhos,
que lindos olhos tem você!
E ainda hoje,
ainda hoje eu reparei!"


Vocês também viram o primeiro capítulo de 'Hoje é Dia de Maria' (não, né? Véspera de feriado... só doente e encalhado é que fica em casa... enfim...)? Uma gracinha! Essa minissérie tá prometendo. Achei tudo lindo, mas é tão surreal que cansa um pouco. Lindo mesmo seria ver aquilo tudo num teatro, né?

Eu só não gostei dos atores serem repetidos e a Maria ter lembranças do passado. Ou se separa tudo, não criando vínculos entre as séries, ou torna uma jornada a continuação da anterior e mantém os atores com um único personagem, ué! Isso faz confusão na cabeça da gente! Rodrigo Santoro era o pássaro na jornada passada; nessa, ele é Dom Chico Chicote. Letícia Sabatella era a Maria crescida; nessa, é uma mulher da cidade. Osmar Prado era o pai da Maria; dessa vez ele é um dono de loja que conserta bonecas velhas...

Tá tudo muito confuso... Pra mim, essa Maria anda é tomando chá de cogumelo e fumando um cigarrinho do capeta.

segunda-feira, outubro 10, 2005

É por isso que eu bebo...

- Mila, hoje à tarde tava tendo uma festa num apartamento no prédio em frente ao meu. E eu parei pra olhar, só tinha homem (poucas mulheres), e tudo gato!
- Nossa, então é lá que se escondem os homens de Goiânia?
- Hunf... um cara foi atender à campainha e deu três abraços no outro cara (e eu pensado 'normal, coisa de amigo')... de repente, ele deu um beijo na boca do cara!
- Aaaaaaaaaiiiii, pirei! Não acredito!
- Pois é, uma festa gay!
- É por isso que eu bebo.

Vai ter que rebolar!

Entrei num surto de auto-valorização. Neguinho vai ter que ralar pra ganhar minha atenção, meu coração e esse corpinho lindo que Deus me deu e eu estraguei com fast-foods.